Em meio a pandemia, amplia-se uma nova forma de aprender e de ensinar

Há muito se diz que estamos em “novos tempos” . Isso porque as  revoluções científicas e tecnológicas da Modernidade, compreendidas entre os séculos XVIII ao início do século XXI mudaram completamente o comportamento humano e, consequentemente, sua forma de comunicar. E neste contexto a escola, a partir da popularização dos computadores e mídias digitais, passa a não ser mais única instituição voltada à transmissão do conhecimento: ele está disponível a qualquer momento, em qualquer lugar.

Nas palavras de Lévy (1999), a partir da popularização das mídias digitais surge uma sociedade em rede, cujo tempo, espaço, distância, quantidade e qualidade de informação “vivem sem lugar de referência estável: em toda parte onde se encontram seus membros móveis… ou em parte alguma”, o ciberespaço.  (LEVY, 1999, p. 20).

O espaço cyber, como aponta Lévy, nos aproximou de termos como:  Web 1.0, 2.0, 3.0 e 4.0 , são utilizados para nomear as  diferentes “eras” da internet, com suas mudanças peculiares e evoluções ao longo do tempo.  Mas estas mudanças não começaram neste século.  A primeira revolução Industrial nasce na Inglaterra, vinculada ao processo de Industrialização, substituindo a produção artesanal pela fabril. Caracteriza-se pela evolução da tecnologia aplicada à produção de mercadorias, pela utilização do ferro como matéria-prima, pela invenção do tear e pela substituição da força humana pela energia e máquina a vapor, criando as condições objetivas de passagem de uma sociedade agrária para uma sociedade industrial.

Seus resultados são o controle de tempo, a disciplina, a fiscalização e a concentração de trabalhadores no processo de produção. Além disso, ela amplia a divisão do trabalho e faz surgir o trabalho assalariado e o proletariado. (…) A segunda revolução Industrial caracteriza-se pelo surgimento do aço, da energia elétrica, do petróleo e da indústria química e pelo desenvolvimento dos meios de transporte e de comunicação. (LIBÂNEO; OLIVEIRA e TOSCHI, 2003, p.61)

Neste contexto,  Ween e Vrakking (2009) nomeiam as gerações nascidas na era da internet  como Geração Zappiens – uma geração nascida a partir do fim da década de 1980, também considerada geração instantânea; conectada às mídias digitais.

A emergência das mídias digitais alterou comportamento e a relação dos indivíduos com a sociedade, a forma de convivência, o meio onde estudam e trabalham. A informação e a comunicação, a partir desta década, ficaram disponíveis a quase  todas as pessoas e passaram a ser usadas de maneira ativa.

Diante desta realidade; a televisão, Ipods, blogs, Wikis, salas de bate-papo na internet, jogos e outras plataformas de comunicação a distância fizeram pensar neste novo aluno, já que as consequências do descompasso entre a compreensão do mundo de professores avessos à tal realidade e dos alunos Zappiens são enormes.

Como se pode constatar facilmente, tais indivíduos possuem peculiaridades comportamentais e cognitivas, de tal forma que há urgência em observar a sociedade por um novo prisma e delinear novos caminhos. Nesta perspectiva, Bakhtin (2003) nos elucida a respeito da necessidade humana do uso da linguagem, a qual é utilizada em caráter multiforme. Sendo assim, a língua materializa-se em enunciados orais ou escritos, os quais, de acordo com a finalidade do emissor da mensagem, constituirão gêneros do discurso.

Num cenário de pandemia, de isolamento, tais necessidades comunicacionais aumentam mais ainda e os indivíduos precisaram reinventar a vida. Muitas  reuniões e atividades, por exemplo, passaram a  ser feitas online, remotamente. Muitas pessoas passaram a trabalhar em home office, de suas casas, e com os alunos do ICG não foi diferente.

Nossa instituição, preocupada em manter um trabalho de excelência e qualidade para os alunos, não se manteve na zona de conforto:  adaptou as aulas, capacitou professores e propôs a eles uma verdadeira reinvenção didática, cujo propósito era manter a qualidade e o compromisso com seus estudantes.

Inspirados nos objetivos dos PCN (1997), presentes nas Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996), os quais contemplaram diretamente os resultados que se buscava alcançar por meio de mudanças em nossa prática docente e mais que estimulados pela BNCC, que preconiza uma  “Mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho.”, foi não pudemos perder tempo.

A pandemia consolidou o que já se vem discutindo a muito tempo: não se pode ignorar a Cultura digital. Nesta perspectiva, Criamos o novo curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Tecnologias Ativas na Educação, que tem início em agosto.

Mas até lá continuamos ativos nas aulas on line, mantendo o rítmo de estudo de nossos alunos e promovendo discussões dinâmicas e profundas sobre o conhecimento. As aulas virtuais têm sido um sucesso, veja os relatos dos alunos:

“Essa é a minha primeira pós. Estou amando este curso e já estou pensando no próximo, e claro, no ICG!”

“A professora teve muita empatia com a turma, trouxe uma leveza, alegria e verdade para a aula. Foi maravilhoso!”.

“Aula bem planejada, Professora preparada!”

“Professora top, excelente sua dinâmica!

O que você está esperando ainda? Conecte-se! Os professores do ICG, estão à sua disposição para ajudá-lo a adentrar neste universo de novas descobertas! Para aprender mais sobre o assunto, aqui estão algumas leituras interessantes:

http://www.ucs.br/etc/revistas/index.php/conjectura/article/viewFile/332/286

https://www.dependenciadeinternet.com.br/palfreycap01.pdf

 Abraços!

Juliana Martins | Professora do ICG ( www.icg.edu.br )