Síndrome de Burnout: A doença do trabalhador do século XXI

A Síndrome de Burnout, também chamada de síndrome do esgotamento profissional, caracteriza-se por ser uma resposta direta ao estresse crônico ligado ao ambiente de trabalho do indivíduo. O termo Burnout originado do inglês, quer dizer: “burn”, queima e “out”, exterior. A síndrome ocasiona desgaste emocional que danifica os aspectos físicos e emocionais do trabalhador.

Estudiosos afirmam que o estilo de vida moderno contribuiu para a propagação da síndrome de Burnout. Os avanços tecnológicos, consumo pessoal excessivo, busca da produtividade a qualquer custo, acúmulo de empregos e horas extras tem levado o indivíduo aos limites do próprio ser humano, resultando no aumento de seu sofrimento (SÁ et al, 2014; EZAIAS GM et al, 2010).

Em geral, a síndrome acomete profissionais que lidam diretamente e de forma intensa com outras pessoas. É o caso dos profissionais das áreas de educação, assistência social, saúde, recursos humanos, bombeiros, policiais, jornalistas e até mesmo voluntários.

Pesquisas recentes ressaltam que os profissionais de enfermagem estão na primeira linha de risco para desenvolver a síndrome de Burnout, por ser a categoria de profissionais da saúde que lida 24 horas com a dor e o sofrimento dos pacientes e seus cuidadores e/ou familiares (ROSSI et al, 2010; OLIVEIRA et al, 2013; LOPES et al, 2012).

A síndrome de Burnout está presente na maior parte dos ambientes organizacionais, podendo ser considerado um problema de natureza perceptual, resultante de uma capacidade inadequada de se lidar com os agentes estressores presentes nos contextos de trabalho e que tem como consequências doenças mentais e físicas, ocasionando, portanto, prejuízos de cunho tanto profissional como empresarial.

Aprender a gerenciar o Burnout não é fácil. Muitos trabalhadores reconhecem que estão estressados, mas a grande maioria, nem imagina que já apresenta os primeiros sinais da síndrome. Os sintomas mais comuns são: Frustração, raiva, vontade contínua de não ir mais para o trabalho, impaciência, falta de motivação pelo que faz, perda de iniciativa, insônia, cansaço mais do que o normal, dores repetidas pelo corpo, pessimismo, perda constante de memória, perda do apetite e muitos outros.

A correria do dia a dia impede que possamos olhar à nossa volta e ver que existe vida fora do nosso ambiente de trabalho e que precisamos vivê-la. Uma boa noite de sono, alimentar-se de forma saudável, realizar atividades físicas, curtir os filhos e tirar férias, asseguram ao trabalhador, felicidade e, portanto, confere “imunidade” à doença.

O tratamento da síndrome de Burnout exige acompanhamento psicoterapêutico com psicólogo e, em alguns casos, com o psiquiatra, pela necessidade de intervenção medicamentosa. O afastamento do trabalho, é quase sempre recomendado, portanto, previna-se!

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Saiba Mais

 

Sugestões para aprofundamento da síndrome de Burnout:

Trigo, TR; Teng, CT; Hallak, JEC. Síndrome de burnout ou estafa profissional e os transtornos psiquiátricos. Rev. psiquiatr. clín. São Paulo, v. 34, n. 5, p. 223-233, 2007. Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_ arttext&pid= S0101-60832007000500004&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 03 de maio de 2017. http://dx.doi.org/10.1590/S0101-60832007000500004.

 

Sá, MAS; Martins, SPO, & Funchal, B. Burnout: o impacto da satisfação no trabalho em profissionais de enfermagem. Psicologia & Sociedade, 2014; 26(3), 664-674.