14 de outubro – Dia Mundial dos Cuidados Paliativos

Com o crescente aumento da expectativa de vida da população Brasileira, evidenciou-se a preocupação e a responsabilidade em oferecer cuidados diferenciados e específicos a pessoas acometidas com doenças crônico-degenerativas, dentre elas o câncer.

Inicialmente o Cuidado Paliativo destinava-se apenas a pessoas com câncer avançado. Porém com a nova definição de saúde pela OMS (1986) e a criação do SUS e seus princípios (1990), pessoas com insuficiências avançadas (cardíaca, renal, hepática e respiratória), Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA), doenças neurológicas degenerativas, demências, etc. foram enquadrando-se e beneficiando-se dos Cuidados Paliativos.

A palavra “paliativo” deriva do latim pallium, que significa manto ou cobertor. Porém, o conceito de Cuidado Paliativo ampliou-se através do movimento hospice, que adquiriu ao longo dos anos, o significado de hospitalidade.

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Em 2002, a OMS ampliou o conceito de Cuidado Paliativo: “abordagem que promove qualidade de vida de pacientes e seus familiares diante de doenças que ameaçam a continuidade da vida, através da prevenção e alívio do sofrimento; e requer a identificação precoce, avaliação e tratamento impecável da dor e outros problemas de natureza física, psicossocial e espiritual”.

Seu foco principal é o cuidado ofertado ao binômio paciente-família, respeitando sempre que possível, a autonomia do paciente nas tomadas de decisões referentes aos cuidados prestados. E esses cuidados, deverão ser mantidos mesmo após a morte do paciente, oferecidos aos familiares e entes queridos no processo de luto.

Uma pesquisa realizada em janeiro de 2014, pela Organização Mundial da Saúde (OMS) juntamente com a Worldwide Palliative Care Alliance (WPCA), levantou dados importantes que justificam a necessidade inadiável de Cuidados Paliativos: mais de 40 milhões de pacientes anualmente necessitam de Cuidados Paliativos ao redor do mundo, incluindo 20 milhões de pacientes no fim da vida; 80% das pessoas no mundo não tem acesso ao tratamento de dor moderada a severa; menos que 10% dos pacientes que necessitam de Cuidado Paliativo tem acesso a esta modalidade de cuidado e apenas 20 países (8% do total de países do mundo), têm o Cuidado Paliativo integrado no seu sistema de saúde.

Uma outra pesquisa da consultoria britânica Economist Intelligence Unit em 2015, que classificou os países em relação aos Cuidados Paliativos oferecidos à sua população segundo critérios como ambiente de saúde e cuidados paliativos, recursos humanos, formação de profissionais, qualidade de cuidado e engajamento da comunidade, apontou que o Brasil ocupa a 42ª posição entre os 80 Países avaliados.

Temos o conhecimento de que estamos trabalhando muito para melhorar este panorama, mas é notável, que o Brasil precisa intensificar suas práticas em Cuidados Paliativos. A necessidade urgente de criação de novas Políticas Públicas e ampliação das já existentes, irão contribuir muito para o crescimento e manutenção do fluxo contínuo dos cuidados em todos os níveis de atenção à saúde da população.

No dia 14 de outubro comemoramos o dia mundial de Cuidados Paliativos. A data, promovida, a nível global, pela Worldwide Palliative Care Alliance (Aliança Mundial para os Cuidados Paliativos), tem como objetivo a necessidade de reforçar o acesso a estes cuidados no mundo inteiro e o tema deste ano é: Cobertura Universal de Saúde e Cuidados Paliativos – Não deixe os que estão sofrendo para trás.

O Centro de Excelência em Saúde (CES) da Faculdade ICG, apoia esta causa, e reforça a necessidade da oferta de Cuidados Paliativos em Goiânia e parabeniza as instituições e os profissionais envolvidos que já militam em suas práticas. Enfatizando, porém, enquanto Instituição de ensino, a necessidade de capacitação e formação profissional.

Atualmente, possuímos diversos cursos de pós-graduação espalhados por todo mundo com a missão de capacitar a equipe multiprofissional de saúde, no desenvolvimento de habilidades na oferta desses cuidados, uma vez que, a maioria das Instituições de ensino superior em nosso país, não preparam seus profissionais para lidar com a morte.

Porém, percebemos que na prática ainda fica faltando alguma coisa… Sempre temos a sensação de que poderíamos ter feito muito mais pelo paciente e sua família…

O curso de Pós-Graduação em Cuidados Paliativos com Ênfase em Práticas Integrativas oferecido pela Faculdade ICG, nasceu desta inquietação: O que eu posso oferecer a mais a esse paciente e seus familiares, capaz de fazer realmente, a diferença no processo de morte e morrer? Como proporcionar o alívio de questões onde a medicação e procedimentos técnicos não conseguem alcançar? Como acolher de fato a pessoa que está ao encontro de sua finitude e seus familiares?

Associar os Cuidados Paliativos as Práticas Integrativas é oferecer aos profissionais uma nova possibilidade no gerenciamento do alívio de sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais dos pacientes e seus familiares, viabilizando através de novas ferramentas do cuidar, o alcance na qualidade da assistência para uma boa morte.

Katy C. Cataldo M. Domingues

 

Sugestões para aprofundamento no tema:

– CARVALHO, R. T.; PARSONS, H. A. (Org.)Manual de Cuidados Paliativos ANCP. 2.ed. São Paulo: s. n., 2012.

 

Venha desenvolver essas habilidades conosco. Matricule-se já!

Pós-graduação em Cuidados Paliativos com ênfase em Práticas Integrativas

Sábados alternados.

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