Por que ser professor no século XXI?

A história da Pedagogia confunde-se com a história da humanidade. Desde tempos muito remotos, os pedagogos sempre foram pessoas altamente habilidosas no trato com as crianças e jovens. Da Antiguidade clássica, passando pela Idade Média e pela modernidade, até a contemporaneidade, educadores e educadoras carregam, em suas ações pedagógicas, a capacidade de mediar e incentivar o desenvolvimento do corpo, do caráter e do intelecto dos estudantes. Nos dias atuais, esses profissionais continuam exercendo um importante papel no contexto individual e social da humanidade, não mais como um “condutor de crianças”, e sim como aquele profissional capaz de elaborar “um conhecimento específico, um saber complexo a respeito das crianças, da formação delas e dos adultos e das relações […] com a vida social em geral”. (GHIRALDELLI JÚNIOR, 1996, p. 58).

Rubem Alves, na crônica Sobre Jequitibás e Eucaliptos, estabelece uma correspondência entre os professores e essas duas espécies de árvores. Segundo o cronista, os educadores são movidos por uma motivação interior, como os jequitibás, que nascem naturalmente na natureza, por um engenho e trabalho do tempo, enquanto os eucaliptos são árvores plantadas com objetivo comercial, e levam pouco tempo para se estabelecerem como adultas. Ficam evidentes, por essa analogia, as duas posturas possíveis no ofício dos profissionais da educação: uma perspectiva humana, cujo objetivo é contribuir com as futuras gerações e possibilitar que os estudantes sejam agentes de mudança, e uma atitude bancária, voltada aos números e ao lucro dos empreendimentos.

Se, por um lado, a “educação bancária”, conforme as palavras de Paulo Freire, tem se tornado uma regra na lógica do consumo, esta já não atende aos anseios da sociedade, que necessita de pessoas capazes de transformar o mundo e restabelecer os valores humanos, tão diminuídos frente à primazia da economia monetária. O trabalho pedagógico deve levar em consideração a ideia de que o professor é o agente da mudança, especialmente em um período de relações humanas e sociais tão complexas.

Embora o ato educativo ocorra em contextos escolares e não escolares, muitas vezes sendo conduzido por mães, pais, padres, pastores, psicólogos e conselheiros de diferentes ordens, o ofício da pedagogia exige estudo cuidadoso e reflexão constante. Esse profissional tem grande responsabilidade, no sentido de que é capaz de mediar processos de aprendizagem, orientar pessoas, esclarecer, estimular e inspirar, o que minimiza os limites entre escola e sociedade e pode promover mudanças em nível social e individual. “O educador, o filósofo, o pedagogo, o artista, o político têm e tiveram, historicamente, um papel eminentemente crítico: o papel de inquietar, de incomodar, de perturbar” (GADOTTI, 1983, p. 58)

Tendo em vista que é na formação recebida pela família, enquanto núcleo de socialização primária, e pela escola de educação infantil e básica que o indivíduo escolhe o seu caminho profissional, é indiscutível que o pedagogo tem enorme responsabilidade e, por essa razão, deve ter ótima formação. Caso contrário, ele reproduzirá valores de continuidade, perpetuando conteúdos inertes, típicos da educação bancária. Por essa razão, sua formação deverá estar em consonância com a perspectiva transformadora.

A Faculdade ICG foi criada para formar pedagogos capazes de serem sujeitos transformadores frente aos desafios impostos pela sociedade tecnológica. Idealizada pela professora mestra Sandra Chaves, essa Instituição de Ensino Superior assume a função de formar o educador do século XXI, corroborando o pensamento de Nelson Mandela, segundo o qual “não está além do nosso poder a criação de um mundo no qual crianças tenham acesso a uma boa educação. Os que não acreditam nisso têm imaginação pequena”.

O curso de Pedagogia da Faculdade ICG é a coroação do sonho de toda uma vida, cuja missão é formar pessoas que sejam capazes de desempenhar qualquer atividade, mas que, por vontade e vocação, sonhem com um mundo melhor e sintam-se empoderadas o suficiente para serem agentes de transformação. “O professor formado sob essa perspectiva será capaz de inspirar pessoas e de promover mudanças importantes na sociedade” (Profa. Ms. Sandra Chaves).

 

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A seguir, você pode ler na íntegra alguns dos textos que servem de base para as reflexões acerca da Pedagogia.

ALVES, Rubem. Conversa com quem gosta de ensinar. Disponível em <http://porteiras.s.unipampa.edu.br/pibid/files/2012/12/Conversa-com-quem-gosta-de-ensinar-Rubem-Alves.pdf>

GADOTTI, Moacir. Educação e Poder: introdução à pedagogia do conflito. São Paulo: Cortez/Autores Associados, 1983. p.53-64. Disponível em < https://pt.scribd.com/document/179499006/Concepcao-dialetica-da-educacao-Moacir-Gadotti-pdf>